quarta-feira, 15 de agosto de 2018

BARDANA - Arctium lappa



    Nome Científico: Arctium lappa
    Nomes Populares: Bardana, Baldrana, Bardana-maior, Carrapicho-de-carneiro, Carrapicho-grande, Erva-dos-pega-massos, Erva-dos-tinhosos, Gobô, Labaca, Lapa, Orelha-de-gigante, Pega-nossa, Pegamassa, Pegamasso, Pegamoço, Pejamaço, Perga-masso
    Família: Asteraceae
    Categoria: Folhas e Flores, Medicinal, Plantas Hortícolas, Raízes e Rizomas
    Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical
    Origem: Europa
    Altura: 0.6 a 0.9 metros, 0.9 a 1.2 metros, 1.2 a 1.8 metros, 1.8 a 2.4 metros
    Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
    Ciclo de Vida: Bienal

A bardana é uma planta herbácea, bastante popular no mundo todo por suas características nutricionais e fitoterápicas. Sua utilização na alimentação e medicina remonta à Grécia Antiga. A bardana apresenta caule robusto, alto, capaz de alcançar 2 metros de altura, podendo ser verde ou arroxeado de acordo com a variedade. 


A bardana é planta indispensável em qualquer horta, pois é atóxica, nutritiva e com muitos poderes medicinais. Diz-se até que é uma farmácia completa. Além disso é rústica e fácil de cultivar. Ela também pode ser aproveitada na culinária, principalmente na japonesa, que se especializou no preparo da planta. As raízes da bardana são ótimas para tempurás, sopas, refogadas em óleo de soja, com arroz, em refogados de carne e até mesmo fritas como chips. As folhas podem ser utilizadas da mesma forma como a acelga, crua ou cozida. As flores também podem ser aproveitadas e têm sabor semelhante às alcachofras.

**Manual de Germinação e Cultivo de Bardana (Arctium lappa) no Brasil**  

**1. Introdução**  
A bardana é uma planta medicinal e alimentícia, cultivada por suas raízes comestíveis e propriedades terapêuticas. Adapta-se melhor a climas temperados, mas pode ser cultivada em diversas regiões do Brasil com ajustes no manejo.  

**2. Pré-tratamento das Sementes**  
- **Escarificação**: As sementes possuem dormência física devido ao tegumento duro. Mergulhe em água morna (40-50°C) por 12-24 horas ou lixe levemente para facilitar a germinação.  
- **Estratificação a frio**: Em regiões quentes, coloque as sementes em geladeira (5°C) por 7 dias dentro de um saco com areia úmida para quebrar a dormência.  

**3. Germinação**  
- **Temperatura ideal**: 15-25°C (germina melhor em clima ameno).  
- **Substrato**: Use solo leve, bem drenado e rico em matéria orgânica (pH 6,0-7,0).  
- **Profundidade**: Semeie a 1-2 cm de profundidade, com espaçamento de 30-40 cm entre plantas.  
- **Umidade**: Mantenha o solo úmido, mas não encharcado. A germinação ocorre em 7-21 dias.  

**4. Cultivo por Região do Brasil**  
- **Sul (RS, SC, PR)**: Clima mais favorável. Semeie no outono/inverno (abril a agosto) para evitar estresse térmico.  
- **Sudeste (SP, MG, RJ, ES)**: Cultive em épocas frescas (outono/inverno) ou em locais altos e sombreados. Evite verões quentes.  
- **Centro-Oeste (MT, MS, GO, DF)**: Plante no inverno (maio a julho) ou em estufas com controle de temperatura.  
- **Nordeste**: Recomenda-se cultivo em regiões serranas (como Chapada Diamantina) ou em períodos mais frios (junho a agosto).  
- **Norte**: Difícil adaptação devido ao calor e umidade. Experimente em áreas elevadas e com sombreamento parcial.  

**5. Condições de Crescimento**  
- **Temperatura ideal**: 18-24°C (raízes desenvolvem-se melhor abaixo de 28°C).  
- **Solo**: Profundo, solto e fértil. Evite solos compactados para evitar raízes deformadas.  
- **Irrigação**: Regular, sem encharcamento (1-2 vezes por semana, dependendo do clima).  
- **Adubação**: Use composto orgânico ou NPK balanceado (ênfase em potássio para raízes).  

**6. Colheita**  
- Raízes: Colhidas após 4-6 meses, quando atingem 30-60 cm de comprimento.  
- Folhas: Podem ser colhidas jovens para consumo.  

**7. Pragas e Doenças**  
- **Pragas**: Pulgões e lagartas – controle com calda de neem ou inseticidas naturais.  
- **Doenças**: Fungos (como oídio) – evite excesso de umidade e use biofungicidas.  

**8. Dicas Finais**  
- Rotação de cultura: Evite plantar em áreas recentemente usadas por outras Asteráceas (ex.: alface).  
- Sombra parcial: Em regiões quentes, proteja as plantas do sol intenso.  

Ajuste o calendário de plantio conforme a variação climática local para obter melhores resultados.

Um comentário: