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Hibiscus sabdariffa L. é um arbusto da Família das Malváceas que pode atingir cerca de 2 a 3 metros de altura. Pertence ao gênero Hibiscus, que compreende cerca 200 espécies de plantas. De origem africana e asiática, é conhecida popularmente como hibisco, hibiscus, rosela, groselha, azedinha, quiabo azedo, caruru-azedo, caruru-da-guiné e quiabo-de-angola, além de receber outros nomes como cardadé, rosa da Jamaica, té de Jamaica (espanhol); red sorrel ou Jamaica sorrel (inglês); cardade (italiano); afrikanische malve (alemão) ou roselle (francês).
As diferentes partes da planta têm várias utilidades. As folhas são ricas em vitaminas A e B1, sais minerais e aminoácidos. Quando ainda estão bem jovens e tenras, as folhas podem ser consumidas em saladas cruas; depois, um pouco mais velhas podem ser refogadas ou se tornar um ótimo ingrediente para o preparo de cozidos, sopas, feijão e arroz. O cálice vermelho tem um sabor azedinho e contém ácidos cítricos, hibístico, málico e tartárico. O cálice pode ser usado na fabricação de geleias, doces, picles, vinho, vinagre, sucos e também no preparo de um excelente chá. Para o preparo do suco são utilizados os cálices crus ou cozidos, que são triturados no liquidificador com água, depois é só coar e adoçar a gosto. O cálice triturado é aproveitado para o preparo de geleia ou doce. Já o chá é obtido a partir do cálice fresco ou seco à sombra. O chá não só e delicioso, como também tem uma cor fantástica!!
Os maranhenses herdaram dos escravos o hábito de cultivar e consumir a vinagreira. Tanto que a planta acabou se tornando o ingrediente de um dos pratos mais tradicionais da culinária maranhense:
o arroz de cuxá
Jaudenir Silva é chefe de restaurante em São Luís. Ele usa ingredientes da roça para fazer o prato que combina temperos africanos, árabes, indígenas e do litoral brasileiro.
Os ingredientes são:
200 gramas de folhas da vinagreira picada e refogada
25 gramas de pimentão
30 gramas de cebola
25 gramas de tomate picado
100 gramas de camarão seco
1 colher de sopa de gergelim torrado
200 gramas de arroz cozido
3 colheres de sopa de leite de coco
Azeite, alho e sal a gosto
As folhas de vinagreira são cozidas e picadas. “É necessário que a água esteja fervendo para que a cor da vinagreira realce o seu verde”, orientou Silva.
Numa panela em fogo branco despeje o azeite e misture bem os ingredientes. Por último, acrescente o arroz. Na língua dos índios é arroz de cuxá. Na língua dos maranhenses é delícia de dar água na boca.
GERMINAÇÃO E CULTIVO
As sementes devem ser escarificadas antes do plantio. Isto significa, pegue cada uma individualmente e as esfregue sobre uma lixa ou em arenito até a parte interna branco apenas comece a aparecer, como um ponto branco. Por esse buraquinho a água entrara na semente para facilitar a germinação.
Depois coloque as sementes em água (melhor ainda GA3, Ácido Giberellico) durante 24 horas.
Plantar em bandejas ou embalagens ou no lugar definitivo, apenas cobrindo as sementes, e regue todos os dias ate a brotação.
Após a emergência aguardar que a planta tenha pelo menos 10 cm para realizar o transplante para o lugar definitivo. Regar no plantio e todos os dias pelos próximos 10 dias. Depois disso, o único trato é o controle das ervas invasoras.
Local ensolarado, solo fértil, levemente úmido e de pH mais neutro.
Por se tratar uma planta adaptada ao clima quente, se
desenvolve bem em temperaturas superiores a 21ºC, ou seja nas áreas de clima mais frio, deve ser plantado após o perigo da ultima geadas, ou iniciado seu cultivo em estufa. O solo
ideal para o cultivo deve ser bem drenado, profundo e com
alto teor de matéria orgânica.